Caro aluno, nesta atividade você irá conhecer os Segredos da Transmissão da vida dos seres vivos e compreender os tipo de reprodução, aprender que meiose e mitose são formas de divisão celular e estão relacionadas à manutenção e reprodução dos organismos.
Você já parou para pensar que é através da reprodução que cada espécie garante sua sobrevivência e perpetuação através dos tempos? Através da reprodução há geração de novos indivíduos que substituem aqueles mortos por predadores, por doenças, ou mesmo por envelhecimento. Além disso, é através da reprodução que o indivíduo transmite suas características para seus descendentes. A grande diversidade de seres vivos reflete-se nas formas de reprodução dos organismos, para fins de estudo, são agrupados em dois tipos: a reprodução assexuada e a reprodução sexuada.
Temos ainda como parte importante da reprodução, o ciclo celular ou divisão celular que divide-se em mitose e meiose. O ciclo celular é o período que começa com o aparecimento de uma célula a partir da divisão de outra célula preexistente, e termina quando ela se divide em duas células-filhas. Ele se divide em duas fases: intérfase e divisão celular.
Os processos de divisão celular estão intimamente relacionados ao comportamento dos cromossomos, mas não é necessário conhecer detalhes da estrutura cromossômica para entender as divisões de uma célula, bastando saber que os cromossomos são estruturas filamentosas que podem se duplicar e se dividir. Esta capacidade se deve à molécula de um componente dos cromossomos, o ácido desoxirribonucléico (DNA), que você certamente, já ouviu falar sobre teste de paternidade. Uma das características mais interessantes do DNA é a autoduplicação, uma molécula de DNA inteira serve de molde para uma nova molécula de DNA, que acontece toda vez que uma célula se prepara para uma divisão.

É importante você saber também que, quando isto acontece, os cromossomos são praticamente invisíveis, porque estão descondensados sob a forma de fios finos e grânulos de cromatina. Condensam-se e tornam-se bem visíveis durante o próprio processo de divisão, porém, para efeito de melhor compreensão costuma-se representar os cromossomos da célula que vai entrar em divisão, por filamentos unitários ou simples, visíveis e contáveis.
Entenda que de acordo com o comportamento cromossômico, dois são os tipos de divisão celular: Mitose e meiose. Na mitose, formam-se duas células-filhas contendo cada uma o mesmo número de cromossomos da célula-mãe. Essa divisão celular é fundamental para os organismos pluricelulares. Ela garante o crescimento do organismo, serve para repor o desgaste natural das partes de tecidos e órgãos, como por exemplo: pele, o sangue e os ossos e atua nos processos de regeneração. Nos indivíduos unicelulares, tem por finalidade a formação de novos indivíduos, pois constitui um tipo de reprodução assexuada.
No outro tipo de divisão celular, a meiose, formam-se quatro células-filhas, contendo, cada uma, metade do número total de cromossomos presentes na célula-mãe.
Nos animais, a meiose ocorre para a formação das células sexuais ou gametas (espematozóides e óvulos) e nos vegetais para a formação dos esporos.
Para fins de estudo, os processos de divisão celular costumam ser divididos em
estágios. Entretanto, é importante observar que são processos contínuos, sem
interrupções entre um estágio e outro.
Vamos descrever então, os estágios do processo da mitose. Entre mitoses
sucessivas oorre um estágio, a intérfase, que não pertence ao fênomeno mitótico.
Durante a interfase, observa-se uma grande atividade metabólica. As células crescem,
o material genético (DNA) se duplica, formam-se novas organelas e a célula acumula
energia para continuar o processo.
Você pode observar na intérfase, que os cromossomos
são tão finos e estão tão separados que não podem ser visualizados individualmente.
Pode ser definida em três etapas: G1: sem atividade relacionada à divisão, S: ocorre a
duplicação do DNA e G2: sem atividade relacionada à divisão, antecede a mitose.
Entenda que após esta fase, inicia-se o processo mitótico propriamente dito e divide-se em quatro estágios: prófase,metáfase, anáfase e telófase. Isso ocorre nas nossas células diariamente (células da
pele, por exemplo), para reposição das células mortas. Por isso, acompanhe
atentamente a explicação de cada fase. Na Prófase, a célula está mobilizada para
entrar em ação: a cromatina condensa-se e pode-se observar as duas cromátides
ligadas pelo centômero (cromossomo); aparecimento de fibras protéicas no citoplasma, distribuídas de extremo a extremo da célula (forma de fuso); centríolos vão para os pólos do fuso; fibras protéicas se prendem aos centrômeros dos cromossomos; a carioteca rompe-se e o nucléolo desaparece. Na próxima fase, a metáfase, os cromossomos presos às fibras protéicas migram para o meio da célula, atingindo o máximo de condensação. Aqui os cromossomos podem ser facilmente visualizados, pois na metáfase eles atingem o máximo de sua condensação, ainda presos às fibras do fuso.
Continuando a divisão celular, observe o que ocorre na anáfase quando as cromátides se afastam e migram para pólos opostos, puxadas pelos centrômeros, devido ao encurtamento das fibras do fuso. Até o momento, a telófase é a última fase da divisão celular, da mitose. Vamos observar que nesta fase os cromossomos se descondensam, tornando-se invisíveis; os nucléolos reaparecem; duas novas cariotecas se reconstituem a partir das vesículas do retículo endoplasmático; fibras protéicas desaparecem; ocorre a citocinese (divisão do citoplasma); há a distribuição das demais estruturas celulares; formação de duas céulas-filhas.
Conseguiu entender as fases da divisão celular- A mitose? A mitose terminou e as células-filhas entram em intérfase, preparando-se para a próxima divisão celular.
É importante você compreender que cada espécie possuiu um número fixo de cromossomos. Na espécie humana, o número de cromossomos é de 46 ou 23 pares de cromossomos homólogos. Assim, no processo de divisão celular-mitose, uma célula com 46 cromossomos dá origem a duas células-filhas, também com 46 cromossomos cada uma.
Você gostou de entender como ocorre a reposição das células velhas do nosso corpo, através da divisão celular, a mitose?
Vamos agora compreender o processo da divisão celular, a meiose, na figura 4 da página 9. É um processo super importante para os seres vivos, com reprodução sexuada, como a espécie humana, pois essa divisão constitui-se num recurso que mantém constante o número característico de cromossomos de cada espécie. A meiose garante também a variação cromossômica, pois durante a prófase I, ocorrem recombinações entre as cromátides homólogas. Dessas recombinações surgem novos arranjos gênicos, que possibilitam o surgimento de novas característcas genéticas.
Observe e acompanhe as explicações do processo da meiose que consiste de duas etapas de divisão sucessivas: meiose I e a meiose II. Na meiose I os cromossomos homólogos se separam permanecendo em células diferentes (etapa reducional); na meiose II esses cromossomos se dividem e as cromátides se separam permanecendo em células diferentes, como acontece na mitose (etapa equacional).
Você deve compreender que a meiose é um tipo de divisão celular em que a célula-mãe (2n= 4) dá origem a quatro novas células com metade do número de cromossomos da célula inicial (n=2).
Observe na figura , que a meiose é um processo reducional de divisão. A célula que tem todos os cromossomos característicos da espécie recebe o nome de diplóide (2n) e são as células somáticas que formam todo o corpo; a célula com metade dos cromossomos da espécie recebe o nome de haplóide (n) e são os gametas responsáveis pela reprodução.
No caso da espécie humana, a célula-mãe tem 46 cromossomos (diplóide), e as células-filhas terão 23 cromossomos cada (haplóide). As células haplóides resultantes da meiose correspondem, em regra geral, aos gametas nos animais, espermatozóides e os óvulos, e aos esporos, nos vegetais, cujo tipo de reprodução é sexuada. O esporo vegetal não corresponde ao gameta animal, mas ambos são células haplóides.
Como na mitose, você observa na figura 6 da página 11, que a meiose é
dividida, em estágios. Os nomes são os mesmos da mitose, mas seguidos de I ou II,
indicando a primeira ou a segunda divisão.
O DNA duplica-se na intérfase que precede a primeira divisão. Pode existir uma
espécie de intérfase entre a primeira e a segunda divisão, é a intercinese. Porém neste
período o DNA não se duplica.
Vamos acompanhar as explicações relativas à meiose I, ao iniciar a prófase I, os
cromossomos já se encontram duplicados, sendo formado por duas cromátides. A
prófase I é semelhante à prófase da mitose (centríolos migram para os pólos da célula,
cromossomos se condensam, nucléolo e carioteca desaparecem, formação do fuso
constituído de fibras proteícas). Esta fase costuma ser dividida em cinco estágios:
leptóteno, zigóteno, paquíteno, diplóteno, diacinese. Você pode observar o
comportamento dos cromossomos na figura 6 da página 11, em cada uma dessas
fases. Observe que no Leptóteno os cromossomos são visíveis, finos e enovelados;
apesar de estarem duplicados desde a interfáse, ainda não é evidente a sua
duplicação. Veja também que no Zigóteno, cada cromossomo
continua a se condensar e faz par com seu homólogo. Atraem-se, emparelham-se
ponto a ponto, como um “ziper”. Este pareamento é conhecido como sinapse. O
nucléolo começa a desaparecer, mas ainda é visível. No Paquíteno, veja que os
cromossomos estão mais espessos, nos quais se pode visualizar as duas cromátides.
Os 12cromossomos pareados mostram um total de quatro filamentos (cromátides); conjunto é uma tétrade; o nucléolo está desaparecendo.:
Divisão celular meiose I
Observe que no Diplóteno, aos poucos os cromossomos se repelem, permancendo alguns pontos de contato (quiasmas) entre as cromátides homólogas; nos quiasmas ocorrem quebras e as cromátides trocam pedaços entre elas, processo chamado crossing-over ou permutação. Finalizando na Diacinese, observe que nesta fase os cromossomos estão mais condensados, ocorre a terminalização dos quiasmas, o nucléolo desaparece e os cromossomos pareados dirigem-se ao equador do fuso.
Prófase: crossing over
Para você entender melhor o fenômeno do crossing-over na célula, observe na figura , um exemplo de trocas de pedaços de cromossomos, realizados entre o cromossomo A, a, B, b. Cada letra (A, B) representa uma característica genética no organismo.
Continuando a Divisão I da Meiose após a prófase I, que é uma fase longa, observe na figura da páas próximas fases da divisão celular que são: a Metáfase I na qual, os cromossomoss homólogos vão, aos pares, para a região equatorial da célula; as fibras se unem ao centômero das duas cromátides. Na Anáfase I os cromossomos homólogos separam-se, movendo-se para os pólos da célula, devido ao encurtamento das fibras o fuso. Na Telófase I os cromossomos atingem os pólos e descondensam-se; o fuso desaparece; a carioteca e nucléolo reaparecem; há formação de um nucléo em cada pólo da célula com (n) cromossomos, mas cada um deles constituídos por duas cromátides.
Terminada a primeira divisão ou meiose I, geralmente as células-filhas passam por um curto estágio de repouso, para entrar na prófase, da segunda divisão, é a Intercinese. Uma vez que a separação dos cromossomos homológos aconteceu na primeira divisão ou meiose I, na segunda divisão ou meiose II tudo se passa como na mitose. Observe a telófase II, na figura.
Meiose I
Meiose II
Quando termina a divisão II da meiose, os cromossomos reassumem sua forma
filamentosa. Dessa maneira, a partir da célula (2n) inicial são formadas quatro célulasfilhas,
todas (n) cromossomos. A finalidade da divisão II é apenas separar as
cromátides irmãs por divisão dos centrômeros.
Resumindo, a meiose I é precedida da síntese do DNA na intérfase; os
cromossomos homólogos, duplicados, separam-se, indo para células diferentes; o
centrômero não se divide. A meiose II não é precedida da síntese do DNA; os
centrômeros dividem-se, separando as cromátides (cromossomos-filhos); os
cromossomos-filhos vão para células diferentes. Assim, as consequências da divisão da
meiose são permitir uma varibilidade gênica, que você pode acompanhar, na figura 10.
Podemos concluir deste capítulo a importância da meiose, para os organismos
que se reproduzem sexuadamente, constitui-se num recurso que mantém constante o
número característico de cromossomos de cada espécie e a meiose também garante a
variação cromossômica, pois durante a prófase I ocorrem recombinações entre as
cromátides homólogas. Dessas recombinações surgem novos arranjos gênicos, que
poderão originar organismos diferentes dos genitores.